Fenômenos inexplicáveis, objetos que se movem sozinhos e vozes assombrosas: conheça relatos chocantes de atividade poltergeist ao redor do mundo
Da Redação✍
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Imagem: Haunted Orange Country |
O que acontece quando forças invisíveis começam a agir em um ambiente? Seriam manifestações de força sobrenatural ou algo além da compreensão humana? Casos de poltergeist desafiam a lógica, deixando um rastro de destruição e medo. Desde móveis arremessados até sons inexplicáveis, esses eventos causam estranheza e intrigam pessoas e vítimas. Baseado em fontes confiáveis, este artigo explora três casos arrepiantes e mostra quão assustador o fenômeno pode parecer.
Muitos acreditam nessa hipótese devido à intensa energia
psíquica acumulada, pois os poltergeist surgem a partir de emoções humanas
reprimidas. Para eles, portanto, adolescentes em crise costumam estar no
epicentro dessas ocorrências. Por causa disso, objetos são jogados para o alto
sem motivo, portas batem sem razão aparente e luzes piscam do meio do nada, e o
pânico se alastra entre as testemunhas. Assim, o fenômeno só cessa quando a
fonte emocional é reconhecida e resolvida.
Durante a década de 1970, na Alemanha, a família
Rosenheim viveu meses de terror enquanto talheres voavam e quadros caíam das
paredes. Enquanto isso, nos EUA, ocorreu o famoso caso da Família Hodgson, em
Enfield, entre 1977 e 1979, no qual móveis se moviam sozinhos por salas. Ao
mesmo tempo, no Brasil, o poltergeist de Belo Horizonte, em 1987, assustou
moradores com batidas misteriosas. Em todos esses episódios, a atividade
concentrou-se em residências e sugere uma ligação direta com o espaço habitado.
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Fenômeno
de levitação, provocado pelo fenômeno poltergeist, de uma das duas filhas de
Peggy Hodgson, Janet, provocado pelo Poltergeist de Enfield, RU, em 1977. Foto:
arquivo da BBC. |
Ao contrário das assombrações tradicionais, caracterizadas por aparições, os poltergeist se destacam pela interação física. Enquanto os fantasmas costumam estar associados a locais específicos, essas entidades seguem indivíduos. Por outro lado, alguns pesquisadores argumentam que ambos os fenômenos têm origens sobrenaturais. Todavia, relatos modernos indicam uma possível origem psicológica dos poltergeist, ao contrário das presenças, geralmente vistas como autônomas.
Poltergeists desafiam a fronteira entre o psicológico e o físico. Enquanto alguns veem charlatanismo, outros encontram aqui um desafio à ciência: como explicar o que não pode ser medido? Eles são espelhos de nossa própria fragilidade emocional, refletida em objetos que ganham vida própria. — Colin Wilson, em Poltergeist: A Classic Study in Destructive Haunting (1981).
Wilson analisou mais de 500 casos, desde o poltergeist
de Epworth até incidentes contemporâneos. Inclusive os físicos se intrigaram
com o caso de Rosenheim, que apresentava lâmpadas em chamas e telefones com
ligações automáticas. Para ele, a falta de explicação não invalida o fenômeno,
mas expõe os limites do método científico. Ele também disse que 20% dos casos
eram decorrentes de traumas não resolvidos. Sua tese ecoa a de Bender: o
poltergeist funciona como uma válvula de escape para energias psíquicas
represadas.
Vários fatores caracterizam um poltergeist autêntico.
Primeiramente, há o deslocamento de objetos sem intervenção visível. Em segundo
lugar, sons inexplicáveis, como batidas ou risadas, que ecoam no local. Além
disso, alterações bruscas de temperatura costumam ocorrer com frequência. Outro
indicativo é a eletricidade apresentar um comportamento errático. Por fim,
surgem marcas ou riscos em superfícies, sem causa definida.
Um dos casos mais documentados ocorreu na casa da família
Hodgson, onde uma menina de 11 anos se tornou o foco das atividades. Cadeiras
iam e vinham sozinhas, brinquedos flutuavam e vozes roucas sussurravam pelos
cômodos. Os investigadores gravaram vários fenômenos, entre eles uma criança
arrancada da cama. Outro exemplo ocorre em Orange County, onde copos se
quebravam no ar e cortinas pegavam fogo de maneira espontânea.
A mente humana é um campo de forças invisíveis. Quando negligenciamos nossa estabilidade emocional, criamos rupturas que podem materializar-se em fenômenos físicos inexplicáveis. O poltergeist não é um fantasma, mas uma projeção caótica da psique em desequilíbrio. — Hans Bender, parapsicólogo alemão, em Journal of Parapsychology (1967).
Em direções opostas à gravidade, e o de Enfield (1977),
com a jovem Janet Hodgson. Bander mostrou que a maioria dos casos aconteceu em
casas com adolescentes em conflito. Para ele, a energia psíquica, quando não
era controlada, causava problemas físicos. Mesmo com o ceticismo da comunidade
científica, sua abordagem, que incluía o registro de áudio e a análise dos
dados de movimento, influenciou pesquisas modernas. Isso levanta uma pergunta:
será que se trata de uma forma de linguagem da subconsciência?
“O medo do desconhecido é a mais antiga forma de terror”,
disse H.P. Lovecraft. Os casos de
poltergeist desafiam a ciência e alimentam o mistério, pois lembram ao mundo
científico a existência de enigmas cujas respostas permanecem desconhecidas. Esses
fenômenos, por causas naturais ou sobrenaturais, provam uma coisa: às vezes, a
realidade pode ser mais assustadora, e mais real, por trás da ficção.
Fontes: Haunted Orange Country | BBC | Live Science