O desaparecimento dos neandertais, é um dos maiores enigmas da vida pré-histórica. Nova teoria apresenta outra ideia diferente sobre essa espécie irmã de Homo sapiens.
Da Redação✍

Ilustração:
Nanne Tiggelman
Por que os neandertais, nossos parentes mais próximos,
desapareceram há cerca de 40 mil anos? Seriam menos inteligentes? Teriam sido
exterminados por conflitos com humanos modernos? Ou sucumbiram a mudanças
climáticas? Esse mistério desafia pesquisadores, gerando hipóteses fascinantes
sobre seu fim.

Ilustração:
Nanne Tiggelman
Devido à competição por recursos, os neandertais podem estar entre os antepassados do Homo sapiens mais adaptáveis. Consequentemente, sua população diminuiu de maneira considerável. Como consequência do cruzamento entre as espécies, parte do DNA neandertal sobrevive em humanos atuais. Por causa disso, estudos genéticos revelam traços como resistência a doenças que eles compartilham. Assim, embora tenham desaparecido, deixaram um legado biológico.
Durante o Pleistoceno Superior, os neandertais habitaram a
Europa e partes da Ásia. Enquanto isso, Homo sapiens migrava da África. Nesse
período, as duas espécies coexistiram por milênios. Ao longo do tempo, mudanças
climáticas alteraram ecossistemas. Em certas regiões, o frio extremo reduziu
fontes de alimento. Simultaneamente, humanos modernos demonstraram maior
versatilidade tecnológica.
Ao contrário dos neandertais, que possuíam corpos robustos
adaptados ao frio, os Homo sapiens possuíam uma silhueta mais esbelta. Enquanto
produziam ferramentas, as diferenças de complexidade entre ambos eram
evidentes, assim como o fato de que os neandertais costumavam enterrar seus
mortos e usar adornos. Apesar de possuírem cérebros maiores, talvez lhes
faltasse um desenvolvimento cultural equivalente.
Diversas teorias tentam explicar o desaparecimento dos neandertais:
Conflito direto – Guerras com sapiens teriam dizimado grupos.Doenças — Vírus trazidos por migrações os infectaram.
Isolamento genético – Cruzamentos insuficientes levaram à fragilidade.
Mudanças climáticas — Incapacidade de adaptação a ambientes alterados.
Competição — Falta de eficiência na caça e coleta.

Escavações recentes na entrada da Caverna Ghamari, um sítio do Paleolítico Médio perto de Khorramabad, Irã, revelaram evidências de habitação humana que datam de 40.000 a 80.000 anos

Na caverna de Gorham, em Gibraltar, vestígios sugerem a resistência dos neandertais por até 24 mil anos. Fósseis exibem marcas de cortes, indicando canibalismo em tempos de escassez. Enquanto produziam ferramentas, as diferenças entre ambos eram evidentes, assim como o fato de que os neandertais costumavam enterrar seus mortos e usar adornos. Apesar de possuírem cérebros maiores, talvez lhes faltasse um desenvolvimento cultural proporcional.
"Eles não sumiram completamente", diz o geneticista Svante Pääbo. "Vivem em nós." Cerca de 2% do DNA de não africanos veio de neandertais. Talvez seu fim não tenha sido trágico, mas uma fusão silenciosa. Afinal, quem sabe não carregamos seus sonhos em nossos genes?
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