Parece até coisa de filme de série de TV que conta histórias de fantasmas pacíficos, camaradas, interativos capazes de dar conselhos, e até de proteger membros de uma família, transformando residências em lares acolhedores
Da Redação✍
Imagine acordar com o som de passos suaves no corredor por alguém invisível. Objetos se movem sozinhos e uma presença invisível parece observá-lo. Em vez de medo, surge a curiosidade. Assim começam os relatos de fantasmas benevolentes, seres que, com o tempo, se tornam quase membros da família. Este texto explora casos nos quais o sobrenatural recebeu atenção.
Por serem inofensivos, esses espíritos
raramente assustam os moradores com uma mínima sensação de ameaça. Como
consequência, a vida em comum torna-se possível. Devido à ausência de
hostilidade, muitos acabam interpretando sinais como tentativas de se comunicar.
Assim, o vínculo entre vivos e mortos se fortalece. Por isso, histórias como a
do "Ghostly George" mostram como a paz
prevalece.
Antes do primeiro contato, as pessoas
costumam relatar calafrios ou sensações estranhas. Depois de algumas semanas,
começam a perceber algumas particularidades: portas que se abrem sozinhas à
noite ou cheiros familiares em certos cômodos. Enquanto isso, em outras casas,
fenômenos similares ocorrem. Em algum momento, essas ocorrências se tornam
parte da rotina. Hoje, famílias como as descritas no Ranker já nem se
surpreendem.
Ao contrário dos poltergeists, esses fantasmas preferem a sutileza. Enquanto alguns esperam atrair as atenções, outros parecem satisfeitos em apenas observar. Enquanto os espíritos benignos se limitam a interações pacíficas, fenômenos como o "Fantasma de Enfield" (BBC) revelam outra face do sobrenatural: móveis arremessados, vozes demoníacas e ataques físicos documentados. O caso do Mail Online vai além – uma família aterrorizada por um poltergeist que arranhava paredes e estrangulava crianças, contrastando brutalmente com fantasmas que "ajudam em tarefas domésticas". Esses episódios comprovam que, onde alguns veem companheiros invisíveis, outros enfrentam invasores cruéis.
Contudo, nem todos os eventos recebem a mesma leitura positiva. Para os céticos, trata-se de uma ilusão ou ideia coletiva. “Acredito que espíritos benignos permanecem por laços emotivos, não por acaso. Muitos se tornam almas perdidas e encontram refúgio em lares abertos ao inexplicável”, na opinião da autora do artigo Friendly Nice Ghost, Laura Allan.
Por outro lado, psicólogos argumentam
que a acolhida de fantasmas pode representar a tentativa de se projetar desejos
humanos de companhia eterna: “Sem evidências concretas, a linha entre realidade
e fantasia permanece tênue”, segundo o parapsicólogo James Randall.
Primeiro, há relatos de sons
inexplicáveis. Segundo, objetos mudam de lugar sem intervenção. Terceiro,
alguns enxergam vultos ou silhuetas. Quarto, a temperatura varia bruscamente em
certos pontos. Quinto, animais domésticos agem de modo incomum. Sexto, moradores
desenvolvem empatia pela presença. Sétimo, a casa ganha fama de
"assombrada", mas sem pânico.
No caso da família Holloway, uma criança conversava
com uma "dama de branco" no jardim. Inicialmente assustados, os pais
notaram que a figura nunca causou mal. Já na Escócia, um fantasma conhecido
como "Old Charlie" tinha o poder de encontrar objetos perdidos. Esses
exemplos, entre outros, ilustram como a convivência pacífica entre pessoas de diferentes
origens é possível.
Diz a lenda que um casal, ao se mudar
para uma casa antiga, encontrou bilhetes misteriosos com conselhos. Anos
depois, descobriram o motivo: o antigo dono, escritor, havia falecido ali. Em
vez de exorcismos, fizeram-lhe uma estante de livros. Os bilhetes pararam, mas
a ideia de se do casal sentir protegido permaneceu. Às vezes, os mortos só
querem um lugar à mesa.
FONTES: Ranker | BBC News Brasil | Mail Online