Da atmosfera carregada aos oceanos intoxicados, os resíduos da atividade humana desencadeiam uma crise multifacetada, exigindo ação global imediata para conter seus efeitos devastadores sobre a saúde e os ecossistemas
Da Redação ✍
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A poluição configura-se como uma das maiores ameaças à
estabilidade ambiental e ao bem-estar da humanidade no século 21. Sua natureza
onipresente, manifestando-se no ar, na água e no solo, transcende fronteiras
geográficas e gerações, impondo um custo elevado à sociedade. Diante da degradação acelerada dos recursos naturais,
indispensáveis à vida, é necessário analisar de maneira intensa suas origens,
seus múltiplos impactos e as possíveis vias para a mitigação desse fenômeno
global.
Devido à queima descontrolada de combustíveis fósseis para gerar energia e para o transporte, grandes quantidades de partículas finas e dióxido de carbono entram na atmosfera. Como resultado, a doença respiratória e cardiovascular tende a agravar-se na pessoa. Ademais, devido ao descarte inadequado de resíduos plásticos e ao esgoto não tratado em corpos hídricos, os ecossistemas marinhos sofrem danos. Por isso, a biodiversidade aquática está em declínio, com muitas espécies ingerindo microplásticos ou desaparecendo de habitats destruídos.
Hoje, a presença de poluentes no ar persiste como um problema crítico em centros urbanos de todo o mundo. Enquanto isso, nos últimos séculos, desde o advento da Revolução Industrial, a quantidade de resíduos aumentou de forma exponente. Em lugares com muitas fábricas ou muitas pessoas, a qualidade do ar fica pior. Ao longo das próximas décadas, projeta-se que a acidez dos oceanos, um processo contínuo e de lenta ocorrência, se tornará um problema para regiões costeiras, mesmo longe das regiões onde a água é contaminada.
Ao contrário da presença de poluentes na água, que frequentemente é visível em rios turvos ou praias repletas de lixo, a poluição do ar pode não ser percebida, mas não é menos letal. Enquanto alguns contaminantes, como o monóxido de carbono, causam envenenamento agudo em locais fechados, outros, como o ozônio no nível do solo, provocam danos crônicos à saúde dos pulmões após longo período de incidência. Ambos os tipos de lixo geram um legado tóxico de longa permanência, mas a presença física do plástico é evidente, à medida que a do lixo químico pode permear o solo e os lençóis freáticos sem sinais visíveis.
Essa crise representa um sintoma do desequilíbrio profundo
entre a atividade humana e os sistemas naturais que sustentam a vida. Sua
proposta exige uma mudança fundamental em nossos valores e metas coletivas.
(Inspirado em análise do Earth.org.) No entanto, alguns argumentam a favor da
ideia de um progresso tecnológico capaz de reverter os piores efeitos da má
qualidade do ar sem a exigência de mudanças profundas nos padrões de consumo. Esse
ponto de vista subestima a gravidade e a complexidade do problema, relacionado
a modelos econômicos lineares e ao extrativismo não sustentável.
Principais impactos da poluição podem se organizar em uma lista:
• Na saúde humana com AVCs, câncer de pulmonar e infecções
respiratórias.
• Na perda de biodiversidade por meio da destruição de habitats e da
morte de espécies por envenenamento.
• Em solos férteis degradados, o que reduz a segurança
hídrica.
• Na acidez dos oceanos, que representa uma ameaça aos recifes
de coral e à vida marinha.
• Por fim, na influência de mudanças do clima, intensificando eventos climáticos
extremos
Diversas manifestações de poluição afetam o planeta. A má qualidade do ar em ambientes externos e internos, por exemplo, causa várias mortes prematuras todos os anos. Outro caso ocorre quando rios e lagos sofrem contaminação por esgotos industriais e agrícolas, tornando a água imprópria para o consumo. Um último exemplo notório é a enorme quantidade de detritos plásticos nos mares, que formam ilhas de lixo e se infiltram na cadeia alimentar.
Diante do exposto, torna-se imperativo um trabalho conjunto em várias frentes. Os governos devem fortalecer os marcos regulatórios e investir em energias renováveis. Dessa forma, a indústria precisa seguir os princípios da economia circular, minimizando resíduos. Cada pessoa pode contribuir por meio da mudança de hábitos de consumo e descarte. Somente por meio de uma resposta conjunta e enérgica será viável reconstruir esse panorama e garantir um planeta habitável para as gerações vindouras. (DS)
Fonte: EARTH.ORG | World Health Organization | Wikipedia
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