Percebe-se uma preferência crescente por produtos naturais, orgânicos e com baixo conteúdo de processamento, o que aponta para uma mudança de paradigma nos hábitos alimentares. No entanto, a eficácia de dietas restritivas ainda é alvo de debate científico, exigindo uma análise sobre os sistemas de produtividade, consumo e equilíbrio nutricional.
Da Redação ✍
Como os modelos alimentares convencionais têm dado preferência a alimentos ultraprocessados e insumos com alto impacto ambiental, torna-se necessário a forma de produzir, industrialização e consumo. Surgem, assim, iniciativas focadas em comida provenientes da agricultura familiar, agroecologia e comércio justo, que geram impactos positivos tanto na biodiversidade quanto no acesso equitativo à dieta. Se essas dimensões forem negligenciadas, os sistemas alimentares permanecerão inseguros e as pessoas continuarão suscetíveis a doenças crônicas.
À medida que as comunidades locais passaram a valorizar
alimentos integrais em vez de comidas ultraprocessadas, surgiram mercadorias
orgânicas, feiras de produtores e cadeias curtas de abastecimento. Enquanto
isso, nas grandes metrópoles, espaços urbanos foram convertidos em hortas
comunitárias ou iniciativas de produção sustentável.
A cada ano, aumentam os relatórios sobre como a adoção de dietas saudáveis e de menor impacto no âmbito do eco sistema modifica hábitos sociais e ambientais nos diferentes países. Até que os sistemas alimentares integrem de forma plena a boa saúde, a justiça social e a sustentabilidade, haverá uma demanda por meio de lacunas geográficas, econômicas e temporais.
Ao contrário de dietas altamente restritivas, que favorecem
a exclusão rigorosa de grupos alimentares, os modelos baseados em produtos
integrais, orgânicos e minimamente processados beneficiam a aceitação popular e
aumentam as chances de serem postos em prática. Na análise comparativa, os
sistemas alimentares que priorizam a agricultura familiar e a compra de
produtos locais tendem a ter um impacto ambiental menor do que aqueles que
dependem de monoculturas e de transporte de longas distâncias.
Embora haja
consenso sobre os benefícios dos alimentos integrais, diverge-se quanto à
eficácia de regimes extremos, como as dietas cetogênica ou minimalista. Tais
regimes podem gerar resultados rápidos, mas carecem de evidências robustas
sobre sua sustentabilidade nutricional e ambiental a longo prazo.
Uma alimentação saudável e sustentável deve estar relacionada à produção de alimentos que protejam a biodiversidade (…) e promovam o consumo variado, resgatando alimentos, preparações e hábitos culturais tradicionais. — Suellen Secchi Martinelli & Suzi Barletto Cavalli, nutricionistas da Universidade Federal de Santa Catarina (Scielo Brasil)
A sustentabilidade alimentar depende da redução do desperdício, da valorização de produtos locais e do incentivo ao consumo responsável, elementos essenciais para um futuro mais verde. — Iberdrola, energia e compromisso com o planeta (Iberdrola)
Ao optar por alimentos orgânicos e menos processados, o consumidor apoia práticas agrícolas éticas, respeitosas ao solo, à água e à biodiversidade, fortalecendo o elo entre bem-estar e meio ambiente. — Holy Foods, alimentação consciente e natural (Holy Foods)
Consumidores
organizam-se em torno de exemplos concretos:
- Dê preferência a alimentos inteiros, como grãos de pouco processamento, frutas e hortaliças frescas.
- Escolha produtos orgânicos ou de produção agroecológica para reduzir a presença de contaminantes químicos;
- redução também alimentos com aditivos químicos para favorecer a saúde metabólica;
- destaque para cadeias curtas de abastecimento e produtores locais para reduzir o impacto ambiental;
- Promover a presença de diferentes espécies alimentares para proteger a biodiversidade e a segurança alimentar;
- Incluir práticas culturais e culinárias típicas no cotidiano para desenvolver hábitos saudáveis;
- Incentivar políticas públicas que garantam acesso equitativo a alimentos de origem responsável e suficientes.
A adoção de hortas
comunitárias urbanas e de cooperativas de agricultores familiares, por exemplo,
proporciona alimentos frescos, locais e com menor pegada ecológica, ao mesmo
tempo beneficia a saúde dos participantes e a sustentabilidade territorial. Outra
medida refere-se à reformulação de cardápios escolares com base em diretrizes
alimentares voltadas para alimentos in natura, em vez de produtos
ultraprocessados, a fim de promover educação alimentar e consciência ecológica.
Além disso, projetos de compras públicas de alimentos produzidos por meio da agricultura agroecológica contribuem para a transição dos sistemas alimentares tradicionais para modelos mais sustentáveis e saudáveis.
Para que a dieta saudável e sustentável deixe de ser apenas um conceito e se torne uma prática cotidiana, é necessário considerar em conjunto os fatores nutricionais, culturais, sociais e ecológicos. Propõe-se que governos, sociedade civil e setor privado unam esforços para promover a agricultura e o consumo de gêneros alimentícios in natura de maneira local, justa e sustentável. Ao promover escolhas conscientes e políticas estruturadas, avançamos não apenas na saúde individuais, mas também na garantia de um futuro saudável para o planeta e todas as suas comunidades. (DS)
Fonte: Scielo Brasil | Iberdrola | Holy Foods
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