Casos inexplicáveis de transporte e materialização desafiam as leis da física, e intrigam cientistas, conclusões adversas e testemunhos consolidados
Da Redação✍
Em virtude da suposta ação de forças extrafísicas, objetos podem ser transportados a grandes distâncias ou emergir de locais insólitos. Como resultado, pesquisadores enfrentam obstáculos metodológicos para mensurar tais ocorrências. Dado que não há explicação coerente com os princípios da física convencional, esses episódios provocam reações extremas entre os observadores. Por esse motivo, quando ocorrem na presença de médiuns, desencadeiam análises rigorosas e registros meticulosos.
Desde o século 19 até os dias atuais, fenômenos dessa
natureza têm sido observados com regularidade em lugares diversos, como
pequenos centros espíritas brasileiros e salões escuros na Alemanha.
Em momentos específicos, testemunhas relataram o surgimento de pétalas, moedas
e relíquias familiares no espaço físico onde apenas o médium e os
investigadores estavam presentes. Durante sessões que se estendem por
longos períodos, e após um período de silêncio, esses itens apareciam sobre
mesas ou ao lado dos participantes. Em cada novo episódio, o tempo parecia
suspenso.
O termo apport, de origem francesa, descreve o transporte de um objeto por vias desconhecidas, frequentemente a partir de outro cômodo ou de lugares diversos. Já a materialização envolve a manifestação tangível de algo que surge do nada diante dos olhos dos espectadores, sem referência prévia, ao contrário dos objetos transportados, cuja origem geralmente é pré-estabelecida. Por isso, embora ambos sejam vistos como manifestações paranormais, a natureza dos fenômenos sugere processos distintos de manifestação.
A materialização é a construção visível e tangível
de formas, possivelmente originadas de um ectoplasma moldado por inteligência
extrafísica, enquanto o apport é a transposição instantânea de objetos já
existentes. — Relatório da Parapsychological
Association, Conferência de 2009.

Ambiente de uma
sessão mediúnica, no Círculo Felix de Hanau, na ocasião da materialização de uma
entidade pelo médium físico Kai Muegg. Foto: Arquivo fotográfico de Kai
Muegg.

Ambiente de uma sessão mediúnica, no Círculo Felix de Hanau, na ocasião da materialização de uma entidade pelo médium físico Kai Muegg. Foto: Arquivo fotográfico de Kai Muegg.
Entre os médiuns que protagonizaram episódios de destaque envolvendo esses fenômenos, citam-se: primeiramente, Kai Muegge, da Alemanha; em segundo lugar, Edelarzil Munhoz, do Brasil; em terceiro, Eusápia Palladino, da Itália; logo depois, Florence Cook, na Inglaterra; e, por fim, Mirabelli, também do Brasil. Todos, em épocas e culturas distintas, protagonizaram sessões documentadas por cientistas, jornalistas ou estudiosos, nas quais objetos surgiam repentinamente ou figuras humanas falecidas se manifestavam por tempo limitado.
Kai Muegge, de Hanau, é conhecido por sessões físicas em que
flores, pedras e figuras luminescentes aparecem no local. Seu trabalho recebeu
análise de representantes da Society for Psychical Research. Já Edelarzil
Munhoz, de Votuporanga, impressionou o Instituto Espírita de Estudos
Psicofísicos (IEEP) ao materializar parcial e integralmente rostos e mãos de
pessoas falecidas, além de pequenos objetos, como alianças e perfumes, os quais
surgiam durante os trabalhos espirituais.
Após uma sessão com Edelarzil, um dos investigadores do IEEP
relatou ter encontrado uma rosa seca, ainda perfumada, no bolso interno de seu
paletó, embora ninguém tivesse se dirigido a ele. “Talvez a vida nos surpreenda com flores mesmo
depois do fim do jardim”, escreveu. Embora a ciência ainda hesite em
admitir, há algo no invisível que insiste em se mostrar, mesmo por instantes,
em silêncio, entre sombras e pétalas.
Fontes:
Journal of the Society for Psychical Research (SPR) | Kai Muegge Physical Mediumship | Parapsychological Association (PA) Conference
Proceedings
© 2023-2025 Notícias & Novidades — Todos os direitos reservados