Custo de instalação do sistema fotovoltaico diminui à medida que aumenta a demanda por energia limpa e renovável segundo fontes científicas e dados atualizados
Da Redação✍
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Foto:
Kindel Media |
Você já ouviu que energia solar só funciona em países tropicais? Ou que os painéis não compensam o investimento? Muitas informações contraditórias circulam, mas o que dizem os especialistas? Este artigo esclarece dúvidas recorrentes, apresentando evidências de três fontes confiáveis.
Com o aumento da demanda por energia limpa, os custos de instalação
caíram bastante. Devido a avanços tecnológicos, sistemas fotovoltaicos
tornaram-se mais eficientes. Como resultado, países os quais dependiam de
combustíveis fósseis adotaram a energia solar em grande escala. Por causa
disso, mitos sobre inviabilidade econômica perderam fundamento. Assim, a
mudança energética se acelerou em nível global.
Hoje, a Alemanha, mesmo com apenas algumas horas de sol por
ano, lidera a geração de energia solar na Europa. Enquanto isso, no Brasil,
onde a irradiação é abundante, a prática ainda está em franco crescimento. Em
poucos anos, o preço dos painéis reduziu-se de modo significativo ao permitir acesso
maior. Os telhados solares estão se multiplicando nas regiões urbanas, enquanto
nas áreas rurais, os sistemas fora da rede garantem a eletricidade. Dentro de
uma década, espera-se que ela se torne a fonte de renda de energia solar mais
barata do mundo.
Ao contrário dos combustíveis fósseis, a energia solar não
emite poluentes durante a geração. Os painéis solares funcionam sem água,
enquanto as usinas térmicas precisam de muita água. Por outro lado, a montagem
de módulos ainda envolve uma pegada de carbono, mas, ao contrário do petróleo,
esse impacto é rápido e eficaz.
A energia solar já superou fontes tradicionais em custo-benefício, com custos nivelados (LCOE) até 85% menores que os de combustíveis fósseis em 2023, e sua escalabilidade é crucial para um futuro sustentável. Segundo a IRENA, a capacidade global solar atingiu 1.185 GW, com projeções de gerar entre 485 mil e 675 mil empregos diretos até 2030, dependendo dos investimentos em transição justa. Tecnologias como fotovoltaica de perovskita e sistemas híbridos ampliam seu potencial, reduzindo emissões em até 4,9 GT CO₂/ano se implementadas em escala. — Relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), 2023.
Três mitos comuns refutados por estudos:
1. "Só vale a pena em lugares ensolarados" – Alemanha
e Reino Unido são exemplos contrários.
2. "A manutenção é complexa" – Limpeza semestral
e revisões anuais bastam.
3. "Polui mais do que ajuda" – Em dois anos, o
saldo ambiental torna-se positivo.
No Chile, as usinas de energia solar no deserto do Atacama
geram eletricidade para milhões de pessoas, pois aproveitam a alta incidência
de raios solares. Por exemplo, no Japão, casas com painéis reduziram as contas
em até 80%. Projetos governamentais na Índia instalaram sistemas em vilarejos
remotos para substituir os geradores a diesel.
Diante dos fatos, a energia solar mostra-se viável e
necessária. Se deseja adotá-la, consulte especialistas e analise incentivos
locais. A desinformação pode atrasar a transição energética, mas dados concretos
ajudam a tomar decisões conscientes. Que tal ver se seu telhado é adequado para
painéis?
Fontes:
Energy.gov | IRENA | NREL