Minha versão satírica de uma frase de Bernard Shaw (com direito a delírios filosóficos e zoadas práticas):
"O especialista é um sujeito que acumula diplomas como um esquilo acumula nozes – só que, no fim, descobre que passou a vida estudando a física quântica do cocô do pombo. Ele começa ‘sabendo muito sobre pouco’, depois avança para ‘quase tudo sobre quase nada’, até chegar ao ápice de sua carreira: ‘absolutamente tudo sobre o vácuo absoluto’. É o mestre dos detalhes irrelevantes, o xamã dos dados inúteis, o guru que consegue explicar por 3 horas por que a torneira do laboratório faz drip drip em compasso de 5/4. No fim das contas, ele sabe exatamente como nada funciona… mas ainda depende do sobrinho de 15 anos para configurar o Wi-Fi."
Algumas
Pérolas filosóficas para o seu deleite cômico
O DILEMA DE SÍSIFO BÊBADO
Subir a ladeira até o
bar, copo após copo, só para rolar de volta (em forma de ressaca) é o suplício
moderno do marido. Camus diria: devemos imaginar Sísifo feliz. A esposa diria: devemos imaginar Sísifo dormindo no sofá — e sem coberta.
A TEORIA DA RELATIVIDADE CONJUGAL
Para o marido, “uma
horinha” no clube dura cinco minutos. Para a esposa, dura três eras geológicas. Einstein explica: o tempo dilata-se na razão direta da mentira.
O EXISTENCIALISMO DO WHATSAPP NÃO RESPONDIDO
“Online há 2 minutos”
é o novo “Ser e o Nada” do casamento contemporâneo. A esposa, em crise existencial, pensa:
— Se ele está no xadrez... por que a foto do amigo tem música ao vivo ao fundo?
O IMPERATIVO CATEGÓRICO DA DESCULPA ESFARRAPADA
Kant dizia: aja
segundo uma máxima que possa se tornar lei universal. O marido prefere: “invente qualquer coisa — desde que ela não esteja no
Instagram.”