Em 1967, um gigantesco óvni pairou a bombordo de um navio da Marinha. Não era sonho. Se porventura, você que esteve lá, embarcado comigo, ajude a relembrar o mistério daquele momento!
Da Redação✍
Em 1967, eu, militar da Marinha do Brasil, a bordo do extinto Cruzador Ligeiro C-11 Almirante Barroso, antigo Navio-Capitânia da Esquadra Naval Brasileira, a bombordo, olhei para o céu e vi uma linda e estranha nave toda prateada. "Não, não pode ser deste mundo", pensei. Regressávamos de uma viagem de instrução nas águas do Atlântico Sul que banham a bela cidade de Mar Del Plata, Uruguai.
Em águas atlânticas ao largo da costa do Rio Grande do Sul,
a hora era o pôr do sol, cerca de alguns minutos antes das 17 horas. No momento
da rotina cerimonial de arriar a bandeira brasileira, de repente, um veículo
aéreo não identificado apareceu pairando e dando a impressão de seguir o
cruzador, que desenvolvia a velocidade de 32 nós (59 km/h).
A estranha nave era imensa e silenciosa
O óvni parecia ter três vezes o tamanho do cruzador, no
formato oval alongado. Pelo tamanho, supus que só podia tratar-se de uma nave
mãe. No início, pensei ter visto aquele tipo de dirigível rígido, o antigo
zepelim o qual pude vê-lo em pleno voo quando criança. Sem luzes de navegação e
sem qualquer ruído, uma vez que a área para a tripulação e os passageiros
simplesmente não tinha, aquele objeto não apresentava marcas na fuselagem,
era de uma cor prateada esplendorosa, a refletir as cores do ocaso; um espetáculo
de uma beleza indescritível jamais esquecido por mim.
Na época, eu não passava de um jovem marinheiro de 18 anos,
completamente ignorante sobre o assunto, e não dava a mínima para quem tocasse
no tema. Confesso que, de súbito, temi o que via, e sem poder dizer nada. No cerimonial
de arriar a bandeira, em navios da Marinha, apenas uma parte da tripulação participa, e
isso acontece na popa do navio, com cerca de 185 metros de comprimento (608,26
pés), cuja frota possuía 850 homens.
Viajavam conosco um grupo de guardas-marinhas e o
ex-ministro da Armada, o almirante Augusto Hamann Rademaker (1905-1985). É bem
provável que o almirante e os demais colegas daquela cerimônia, da qual eu fazia
parte, notaram a presença do estranho veículo aéreo, em uma época muito
difícil, a da Guerra Fria e da Ditadura Militar no Brasil de 1964. Naquela
época, se alguém dissesse que vira um óvni, ou ufo, ou UAP, no mínimo seria
tachado de mentiroso, quem sabe até de maluco ou doido!
Silêncio oficial e conversas nos corredores
Nos dias seguintes, não houve nenhuma menção oficial sobre o
incidente. Apesar disso, nos corredores do navio, sussurros circulavam entre os
marinheiros mais curiosos. Alguns relataram tê-lo visto se mover em ângulos
impossíveis para qualquer aeronave conhecida, enquanto outros juraram testemunhar
seu desaparecimento repentino, como se dissolvesse no ar. Embora o clima a
bordo tenha ficado tenso, a hierarquia impunha disciplina — perguntas demais
poderiam ser interpretadas como tal. Anos depois, descobri
por meio de relatórios de outros navios da esquadra, em missões distintas, o
registro de avistamentos semelhantes naquela mesma década, mas os relatórios,
se existiram, jamais vieram à tona.
Uma memória que não se apaga
Passadas mais de cinco décadas, a imagem daquele objeto
prateado ainda paira na mente. Hoje, com acesso a informações sobre fenômenos
aéreos inexplicáveis, estou ciente de não ter ficado sozinho ao testemunhar
algo tão fora do comum. Mas naquele tempo, a pressão para manter o sigilo era
maior que a busca por respostas. Às vezes, me pergunto se o Almirante
Rademaker, um homem de cargo de grande responsabilidade, teria levado o caso a
instâncias superiores. Ou se, como nós, preferiu engolir o mistério, temendo o
descrédito. Trata-se da existência de um enigma desafiador à lógica, enfrentado
pelo Cruzador Almirante Barroso naquele crepúsculo no Atlântico Sul.
A imagem que ilustra este relato é apenas uma concepção artística, criada por mim no ano de 1968, baseada no que testemunhei. Naquele entardecer, o inesquecível Cruzador Barroso — onde tive a honra de servir —, cortava o mar a 32 nós (59 km/h). Quanto ao óvni, pairava aproximadamente a 13.137 metros (43.100 pés) de altitude.
Se você embarcou no Cruzador Barroso ou conhece um membro da tripulação daquele tempo que se recorda dessa viagem ou do episódio, peço a gentileza de entrar em contato comigo. Seria profundamente significativo para mim essa memória com alguém que, como eu, esteve lá. Você pode me enviar uma mensagem por este blog, www.noticiasenovidades.com.br, escrever um comentário no rodapé da própria postagem ou enviar um e-mail para dcorreio@yahoo.com. Compartilhar detalhes esquecidos talvez nos ajude a entender, anos depois, o que de fato ocorrera naquele final de tarde.