Aumenta o número de vítimas da cirurgia plástica

Aumenta quantidade de cirurgias plásticas no país, assim como erros e abusos médicos, advogado defende vítima de uma clínica em Belo Horizonte

Da Redação

Relatos de erros médicos graves em procedimentos cosméticos aumentam em todo o país. A cirurgia plástica no Brasil tem causado lamentáveis ​​danos à aparência física de pessoas que buscam restaurar, reconstruir ou alterar o corpo humano em busca da juventude.

Muitos pacientes denunciaram a FVG Cirurgia Plástica e o cirurgião Felipe Villaça Guimarães, em Belo Horizonte, Minas Gerais, por uma série de erros médicos e sequelas. Além de relatos de danos estéticos, há casos de assédio moral, estresse, vergonha, repulsa profunda. O advogado sócio da OGF Advogados, Francisco Gomes Junior, que presta assistência jurídica a uma das vítimas daquela clínica, diz tratar-se também de um caso de polícia.

Uma paciente disse que se sentiu constrangida porque o médico pediu que ela tomasse um comprimido sedativo para que ela dormisse durante as sessões. Sua cirurgia, segundo Gomes Junior, resultou em graves cicatrizes e problemas de saúde. Outra mulher queixou-se de perda de sensibilidade na barriga, sentindo dores na parte umbilical por causa do buraco naquela região do corpo, disse o especialista em direito. "A única coisa que sinto é uma dor terrível e tristeza quando me olho no espelho e vejo que fui mutilada", disse ela.

Mais de 30 mulheres foram vítimas de erros médicos neste ambulatório, 'isso precisa ser investigado', segundo Gomes Junior. Há um acúmulo absurdo de intervenções marcadas para um único dia e horário. Há também outro problema. Ao contar com o cirurgião, o médico dono da clínica, é comum a decepção, a insegurança diante de um profissional que aparece de repente na sala de cirurgia sem nunca ter trocado uma palavra com ele.

Advogado Francisco Junior da OGF Advogados (Foto: Divulgação)

 Como advogado de uma das vítimas, verifiquei que se trata de erros de série aparentemente graves. As vítimas processam a clínica e o cirurgião na esfera cível, pedindo indenização pelos danos morais, materiais e estéticos sofridos, mas também acho que devem ser apuradas responsabilidades criminais. A cirurgia visa um resultado e, definitivamente, não deve deixar cicatrizes, necroses e outros tipos de sequelas físicas e psicológicas; nesses casos, os responsáveis ​​devem responder por seus    atos. (Francisco Gomes Júnior)

Diante de tantas denúncias feitas por dezenas de mulheres contra o Dr. Guimarães, elas resolveram criar um grupo para trocar relatos de experiências comuns e erros médicos. Com a devida documentação, para efeito de Boletim de Ocorrência, os pacientes aguardam o interesse das autoridades em cada caso. “No volume cirúrgico que temos hoje, sempre haverá complicações médicas, de forma alguma me isento da minha responsabilidade por esses supostos casos, de forma alguma estou me referindo a esses pacientes com descaso ou negligência”, disse o cirurgião em sua defesa.

Espera-se a apuração dos fatos pela Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, medidas enérgicas do Ministério Público do Estado e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Na opinião de Gomes Junior, a imprensa pode denunciar clínicas duvidosas, sugerindo as melhores, de profissionais conceituados. 

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