Método de rastreamento de linhagem, chamado ReDeeM, recria a árvore genealógica de milhares de células sanguíneas e coleta informações sobre a condição de cada célula individual
Da Redação✍
Essa informação fornece níveis de expressão genética e diferenças no seu epigenoma, ou disponibilidade de regiões do DNA de uma amostra de sangue humano. A recente pesquisa publicada na revista Nature, no dia 22 de janeiro deste ano, esclarece algumas dúvidas antigas sobre a produção de células sanguíneas, como e por que ocorrem alterações no envelhecimento ou no caso de uma doença.
O método ReDeeM (sigla derivada de multiômica regulatória com
perfil profundo de mutação mitocondrial unicelular) permitiu aos pesquisadores
novas e diferentes análises de produtividade sanguínea em testes comprovados
com outros já realizados. O método considerado eficaz para identificar padrões
conhecidos na volemia, confirmou assim expectativas dos pesquisadores.
Com o método, foi possível entender a combinação de árvores
genealógicas e o motivo da mudança nas linhagens celulares alteradas, embora
haja um custo proibitivo que destrói o material coletado pelos pesquisadores
com o propósito de conhecer os estados das hemácias e leucócitos. Essa dificuldade impede o
processo de busca de mutações em todo o genoma. Um membro do Boston Children's
Hospital e da Harvard Medical School, professor Vijay Sankaran, percebeu que o
DNA mitocondrial seria um bom candidato para o código de barras original.
“Em um futuro não muito distante, você poderia olhar o prontuário de um paciente e ver que esse paciente tem um número anormal baixo de HSCs [sigla em inglês de “células-tronco hematopoiéticas”], ou um número anormal alto, e isso informaria como você pensa sobre o risco de doença”, segundo Sankaran. “ReDeeM fornece uma nova lente através da qual podemos compreender a dinâmica dos clones na produção de sangue e como eles podem ser alterados na saúde e nas doenças humanas. Em última análise, seremos capazes de aplicar essas lições ao atendimento ao paciente.”
![]() |
Com o método, foi possível entender a combinação de árvores genealógicas e o motivo da mudança nas linhagens celulares alteradas |
Os
pesquisadores, porém, liderados pelo pós-doutorado Chen Weng, dos mesmos
laboratórios onde o professor Sankaran atua e outro importante participante da
pesquisa, o biólogo Jonathan Weissman, encontraram uma melhoria dez vezes maior
nas mutações no DNA mitocondrial; em cada célula, descobriram o suficiente para
servir como código de barras de identificação.
“Queríamos fazer perguntas que as ferramentas existentes não nos permitiam”, disse Weng. “É por isso que reunimos os diferentes conhecimentos de Weissman e Vijay para desenvolver uma nova tecnologia que nos permitisse fazer essas perguntas e muito mais, para que pudessemos resolver algumas das incógnitas, importantes na produção de sangue.”
Referência: Massachusetts Institute of Thecnology