Explorando o legado de Ernesto Bozzano: filósofo italiano e investigador paranormal, um dos pioneiros da metapsíquica
Da Redação✍
Imagine dedicar sua vida a explorar o desconhecido, desafiando os limites da ciência e da espiritualidade. Ernesto Bozzano, pesquisador e professor italiano, fez exatamente isso. Suas contribuições para o estudo dos fenômenos paranormais duraram décadas e deixaram uma marca indelével na literatura italiana e francesa. O que motivou a busca incansável de Bozzano pelo sobrenatural? Façamos um exame da vida e obra deste ilustre pesquisador.
O interesse de Ernesto Bozzano pela pesquisa psíquica foi despertado em 1891 pelo professor Théodule Ribot. Esta introdução ao reino do paranormal levou Bozzano a se tornar um dos escritores mais prolíficos sobre fenômenos psíquicos. Suas extensas investigações sobre ocorrências metafísicas o convenceram da existência do espírito e de sua sobrevivência após a morte. Seu trabalho influenciou muitos, embora também tenha atraído a crítica dos céticos aos seus métodos e teses.
Bozzano transcendeu as fronteiras geográficas de sua Itália natal. Colaborou
com contemporâneos notáveis na Itália e na França, publicou em veículos de
seu tempo, tais como: Luce e Ombra e Revue Spirite. Ao longo de
três décadas, as suas extensas pesquisas e escritos desempenharam um papel importante no avanço do campo da investigação
psíquica em toda a Europa.
Defensores do trabalho de Bozzano destacam sua metodologia rigorosa e a amplitude dos fenômenos
Discordo dos proponentes do
espiritismo kardecista que afirmam que Ernesto Bozzano foi um “pesquisador
espírita”. Na Europa, na América do Norte e em outras partes do mundo,
desconhecem o espiritismo, o próprio Allan Kardec, e se os conhecem há conotações
diversas, a ideia do que fazem é diferente.
Brasileiros que já ouviram falar a respeito ou até mesmo os que frequentam os
cultos espíritas, "passadores de pano" na Bíblia judaico-cristã,
comparam o espiritismo à exibição de eventos sobrenaturais. Quando se fala em
fenômenos metapsíquicos, ou paranormais, ou parapsicológicos, pensam logo no
que chamam de “fenômenos espíritas”, o que, para mim, nada tem a ver com
“espiritismo cristão”. No Brasil, as pessoas costumam também confundi-lo com os
eventos das crenças afro-brasileiras. O fato é que tradutores espíritas de
viés cristã católico romana traduziram obras de autores pesquisadores dos fenômenos
parapsicológicos do século 19, adotando ideias e expressões kardecistas para
maior credibilidade à crença. Bozzano e outros pesquisadores, como o
químico e físico, William Crookes, o médico, bacteriologista, naturalista,
psicólogo e fisiologista, Paul
Gibier, o psiquiatra, Gustave Geley, o fisiologista, Charles Richet, laureado
com um Nobel de Medicina em 1913, o médico e parapsicólogo, Albert von
Schrenck-Notsing, e outros, nunca se
consideraram espíritas kardecistas cristãos. O espiritismo kardecista
brasileiro, portanto, nunca
consentiu pesquisas científicas. Seus dirigentes, embora
propensos ao misticismo, recusam investigações de eventos e acontecimentos
que extrapolam o normal sob a ótica acadêmico-científica, e abominam aos que
eles denominam de médiuns e suas respectivas mediunidades. Eles se dizem
preocupados com a '"caridade moral-espiritual" dos médiuns e de
outras pessoas, dão mais importância à filantropia, à distribuição de
mantimentos aos pobres, o que chamam de "caridade material", e
continuam a alegar que o espiritismo é "ciência" além de filosofia e
religião, o que em minha opinião não passa de mais uma seita, oriunda do
catolicismo romano.
Referência: Psi Encyclopedia
© 2023-2024 Notícias & Novidades - Todos os direitos reservados
© 2023-2024 Notícias & Novidades - Todos os direitos reservados