Um profundo investigador dos fenômenos paranormais

Explorando o legado de Ernesto Bozzano: filósofo italiano e investigador paranormal, um dos pioneiros da metapsíquica

Da Redação


Imagine dedicar sua vida a explorar o desconhecido, desafiando os limites da ciência e da espiritualidade. Ernesto Bozzano, pesquisador e professor italiano, fez exatamente isso. Suas contribuições para o estudo dos fenômenos paranormais duraram décadas e deixaram uma marca indelével na literatura italiana e francesa. O que motivou a busca incansável de Bozzano pelo sobrenatural? Façamos um exame da vida e obra deste ilustre pesquisador.

O interesse de Ernesto Bozzano pela pesquisa psíquica foi despertado em 1891 pelo professor Théodule Ribot. Esta introdução ao reino do paranormal levou Bozzano a se tornar um dos escritores mais prolíficos sobre fenômenos psíquicos. Suas extensas investigações sobre ocorrências metafísicas o convenceram da existência do espírito e de sua sobrevivência após a morte. Seu trabalho influenciou muitos, embora também tenha atraído a crítica dos céticos aos seus métodos e teses.

Bozzano transcendeu as fronteiras geográficas de sua Itália natal. Colaborou com contemporâneos notáveis ​​na Itália e na França, publicou em veículos de seu tempo, tais como: Luce e Ombra e Revue Spirite. Ao longo de três décadas, as suas extensas pesquisas e escritos desempenharam um papel  importante no avanço do campo da investigação psíquica em toda a Europa.

Ernesto Bozzano, primeira foto antes de falecer; na segunda, a sua transfoto, ou transimagem segundo nomenclatura da TCI (Transcomunicação Instrumental), obtida por mim em 25 de julho de 2020, através de técnicas modernas que envolvem câmera de celular, laptop e outros acessórios eletrônicos. Detalhe: note na transimagem o rosto de uma entidade atrás de Bozzano. (Foto do meu acervo particular.)

Defensores do trabalho de Bozzano destacam sua metodologia rigorosa e a amplitude dos fenômenos por ele estudados, desde visões no leito de morte e bilocação até premonições e música transcendental. Os críticos, no entanto, argumentaram que Bozano exagerou na sua aceitação da hipótese espírita, demasiadamente acrítica segundo eles. Apesar disso, a análise comparativa de numerosos estudos reconheceu os casos oferecidos por Bozzano como uma influência significativa, ao dispor uma abordagem sistemática para o entendimento e a relevância dos fenômenos psíquicos.

As obras mais famosas ​​de Bozzano incluem:

  Animismo e Espiritismo (1932)  Um exame detalhado das diferenças e intersecções entre as explicações animistas e espíritas.

  Mediunidade Poliglota (1932)  Investigando médiuns que se comunicavam em múltiplas línguas desconhecidas para eles.

  Influência Desencarnada na Vida Humana (1938)  Explorando o impacto dos espíritos sobre os vivos.

Bozzano teve visões particularmente convincente no seu leito de morte. Ele categorizou essas visões em vários tipos, como aquelas vistas apenas pela pessoa que está morrendo ou aquelas testemunhadas também por outras pessoas. Tais metodologias forneceram uma estrutura alvo de influência sobra as pesquisas seguintes a respeito de experiências de fim de vida.

Ernesto Bozzano deixou mesmo um grande legado marcante no campo da pesquisa paranormal por sua abordagem completa e sistemática nas averiguações de fenômenos rejeitadas ou ignoradas por muitos de seus contemporâneos. A sua extensa obra continua a inspirar e provocar debate em busca persistente de uma compreensão dos mistérios da vida e da morte. (DS) 

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Nota do autor

Discordo dos proponentes do espiritismo kardecista que afirmam que Ernesto Bozzano foi um “pesquisador espírita”. Na Europa, na América do Norte e em outras partes do mundo, desconhecem o espiritismo, o próprio Allan Kardec, e se os conhecem há conotações diversas, a ideia do que fazem é diferente. Brasileiros que já ouviram falar a respeito ou até mesmo os que frequentam os cultos espíritas, "passadores de pano" na Bíblia judaico-cristã, comparam o espiritismo à exibição de eventos sobrenaturais. Quando se fala em fenômenos metapsíquicos, ou paranormais, ou parapsicológicos, pensam logo no que chamam de “fenômenos espíritas”, o que, para mim, nada tem a ver com “espiritismo cristão”. No Brasil, as pessoas costumam também confundi-lo com os eventos das crenças afro-brasileiras. O fato é que tradutores espíritas de viés cristã católico romana traduziram obras de autores pesquisadores dos fenômenos parapsicológicos do século 19, adotando ideias e expressões kardecistas para maior credibilidade à crença. Bozzano e outros pesquisadores, como o químico e físico, William Crookes, o médico, bacteriologista, naturalista, psicólogo e fisiologista, Paul Gibier, o psiquiatra, Gustave Geley, o fisiologista, Charles Richet, laureado com um Nobel de Medicina em 1913, o médico e parapsicólogo, Albert von Schrenck-Notsing, e outros, nunca se consideraram espíritas kardecistas cristãos. O espiritismo kardecista brasileiro, portanto, nunca consentiu pesquisas científicas. Seus dirigentes, embora propensos ao misticismo, recusam investigações de eventos e acontecimentos que extrapolam o normal sob a ótica acadêmico-científica, e abominam aos que eles denominam de médiuns e suas respectivas mediunidades. Eles se dizem preocupados com a '"caridade moral-espiritual" dos médiuns e de outras pessoas, dão mais importância à filantropia, à distribuição de mantimentos aos pobres, o que chamam de "caridade material", e continuam a alegar que o espiritismo é "ciência" além de filosofia e religião, o que em minha opinião não passa de mais uma seita, oriunda do catolicismo romano.

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 Referência: Psi Encyclopedia   

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