Estado de alerta! Ciclones Extratropicais ameaçam o Sul, Sudeste e outras regiões do Brasil

O aumento na frequência desses sistemas meteorológicos no território nacional sinaliza mudanças nos padrões climáticos e exige maior atenção e preparo

Da Redação


Por que os ciclones extratropicais se tornam mais comuns sobre o Brasil? Esse fenômeno, outrora raro em nossas latitudes, tem se tornado cada vez mais frequente. Sistemas de baixa pressão atmosférica associam-se a frentes frias, ganhando intensidade. Seu poder de destruição manifesta-se através de ventos fortíssimos, chuvas torrenciais e ressacas intensas. Compreender sua dinâmica torna-se crucial para a proteção de vidas e economias. A sociedade precisa de informações claras sobre os riscos associados a essas tempestades.

Devido ao aquecimento global, os oceanos absorvem maior energia. Por consequência, o contraste térmico entre massas de ar distintas intensifica-se. Assim, forma-se um ambiente mais propício ao desenvolvimento de sistemas intensos. Tempestades severas tornam-se, portanto, mais prováveis. Desse modo, cidades litorâneas enfrentam inundações catastróficas. Logo, prejuízos materiais e perdas humanas compõem um cenário preocupante. A atmosfera, carregada de umidade, potencializa eventos extremos.

Antes, tais sistemas restringiam-se principalmente ao sul do país. Atualmente, observa-se sua ocorrência até sobre regiões Sudeste e Nordeste. Em 2020, um ciclone extratropical provocou estragos enormes no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Simultaneamente, outro sistema atingiu o litoral da Bahia. A partir de então, autoridades precisaram revisar planos de contingência.

Por todo o território nacional, a sensação de vulnerabilidade aumentou. Onde antes havia relativa segurança, agora há temor constante durante o outono e o inverno. Diferentemente dos ciclones tropicais, os extratropicais obtêm energia do choque entre massas de ar. Em contrapartida, ambos produzem ventos destrutivos e muita chuva..

Enquanto os tropicais possuem um núcleo quente e simétrico, os extratropicais apresentam estrutura frontal e são assimétricos. Ao contrário dos seus homólogos, que se formam sobre águas oceânicas quentes, estes desenvolvem-se sobre latitudes médias.

Apesar disso, os impactos em áreas povoadas podem ser igualmente devastadores. A alteração nos padrões de circulação atmosférica global, impulsionada pelas mudanças climáticas, está claramente a expandir a zona de influência dos ciclones extratropicais. Nossa compreensão tradicional sobre suas trajetórias precisa ser urgentemente revista. — Dr. André Pereira, meteorologista e pesquisador do INMET.

Embora se associe este aumento à variabilidade natural do clima, negar o papel fundamental das atividades humanas no agravamento do fenômeno constitui uma posição perigosa. Dados históricos consistentes demonstram uma correlação inegável entre o aquecimento dos oceanos e a intensificação desses sistemas. — Dra. Camila Costa, climatologista e professora da Universidade de São Paulo.

Ventos com velocidade superior a 100 km/h podem causar danos estruturais. Além disso, precipitações volumosas podem provocar enxurradas e deslizamentos de terra. Outro ponto crucial reside na ressaca do mar, erodindo faixas litorâneas e invadindo comunidades costeiras. Por fim, a interrupção no fornecimento de energia e serviços essenciais gera caos social. Finalmente, o setor agrícola sofre com a perda de safras inteiras.

O ciclone extratropical de 2020, chamado informalmente de “Ciclone Bomba”, exemplifica seus efeitos. Rajadas superiores a 120 km/h derrubaram florestas inteiras e telhados. Na sequência, ondas gigantes destruíram quilômetros de orla. Inúmeras localidades ficaram completamente isoladas. Este evento singular demonstrou a força bruta da natureza.

Diante desse cenário, investir em sistemas de alerta precoce torna-se imperativo. Planos de evacuação e construção de infraestruturas resilientes salvariam vidas. A parceria entre ciência, governo e sociedade pode atenuar os piores efeitos. Preparar-se para a nova realidade climática é o único caminho viável. A adaptação é a chave para o futuro. (DS)

Fontes: Wikipedia | INMET National Oceanic and Atmospheric Administration

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2 Comentários

  1. Essa é nossa atual realidade. Mesmo assim, praticamente não há movimento de educação e conscientização à população, vindo dos governos. Muitas pessoas reclamam sobre os efeitos, mas não mudam as atitudes que levam à causa do problema. Sem mudanças individuais e coletivas, a situação não mudará.

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    1. Obrigado por sua reflexão tão lúcida e necessária.
      De fato, vivemos uma realidade que já não permite negação: os efeitos estão aí, visíveis e cada vez mais frequentes. A ausência de políticas consistentes de educação ambiental e de ações contínuas de conscientização por parte dos governos agrava ainda mais esse cenário.

      Mas, como você bem pontua, a mudança também passa inevitavelmente pelas atitudes individuais e coletivas. Reclamar sem rever hábitos apenas prolonga o problema. Somente com informação, responsabilidade compartilhada e ações concretas — do poder público à sociedade — será possível ao menos reduzir os impactos que hoje enfrentamos.

      Seguimos alertando, informando e estimulando essa reflexão. Obrigado por contribuir com o debate.

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