Fenômenos inexplicáveis em um escritório de advocacia nos anos de 1960 despertou a curiosidade de dezenas testemunhas
Da Redação✍
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Annemarie
Schneider, a jovem secretária que estava em todas as ocorrências do fenômeno Poltergeist. Foto: Arquivo de Hans
Bender |
O que aconteceria se lâmpadas explodissem sozinhas, telefones discassem números aleatórios e quadros girassem nas paredes sem intervenção humana? Entre 1967 e 1968, o escritório do advogado Sigmund Adam, em Rosenheim (Alemanha), tornou-se palco de um dos casos mais autênticos de poltergeist da Europa. Com dezenas de testemunhas qualificadas, incluindo engenheiros e psicólogos, o fenômeno desafia até hoje explicações convencionais. Seria uma ocorrência sobrenatural ou um intrigante distúrbio psicoenergético?
Devido à intensidade dos eventos, o caso atraiu a atenção da
mídia e de cientistas. Lâmpadas se desprendiam de soquetes, objetos voavam em trajetórias
impossíveis e os telefones faziam registros de chamadas inexistentes — até 600
chamadas em um único dia. À vista disso , a empresa de energia local investigou
e descartou falhas elétricas. Considerado um caso "inexplicável", ele
não teve prosseguimento, para deixar um legado curioso: em 2012, a antiga sede
do escritório em Rosenheim tornou-se um ponto turístico — e funcionários juram ver
as lâmpadas piscando sem motivo. Como resultado, o parapsicólogo Hans Bender
documentou mais de 40 incidentes, nos quais sugeriu um vínculo com a jovem
secretária Annemarie Schneider que esteve envolvida em todos eles.
Esses fenômenos se limitavam a pequenos distúrbios, como
quedas de objetos. Por esse motivo, o parapsicólogo Hans Bender foi chamado e
documentou mais de 40 incidentes, sugerindo uma ligação com Annemarie
Schneider, a jovem secretária que estava em todos os episódios. Os meses
seguintes, a situação se agravou: relógios começaram a parar todos ao mesmo
tempo e uma estante de 200 quilos se moveu sozinha. Annemarie perdeu o emprego
e as ocorrências cessaram, reforçando a teoria de que os poltergeist podem
estar sob influência de estresse emocional.
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Fenômeno
de levitação de uma das duas filhas de Peggy Hodgson, Janet, provocado pelo Poltergeist
de Enfield, RU, em 1977. Foto: arquivo da BBC |
"Os distúrbios eletromagnéticos coincidiam com a presença
da secretária e cessaram após sua saída", afirmou Bender em seu relatório
final. Testemunhas, como o engenheiro da empresa de eletricidade, confirmaram
que as interferências não seguiam padrões físicos comuns. "Nenhum sistema
elétrico convencional explica as variações repentinas de 380 volts para
zero", disse ele.
Em contraste, o psicólogo Gerhard Mayer sugeriu que
Annemarie, uma jovem de 19 anos em um ambiente opressivo, poderia ter produzido
os efeitos por meio de telecinesia espontânea. "Ela não era uma
fraudadora, mas uma pessoa com conflitos internos que se revelaram de
forma incomum", explicou. Os críticos também destacam que parte das
"provas" se perdeu, e isso impediu análises modernas.
Em 1974, Annemarie confessou à imprensa: "Às vezes eu
mesma não sabia o que era real". Conhecido como um caso
"inexplicável", ele foi arquivado para deixar um rastro curioso: em
2012, a antiga sede do escritório em Rosenheim tornou-se um ponto turístico, e
funcionários afirmaram que viram lâmpadas acenderem e apagarem sozinhas. Entre
a ciência e o mistério, o poltergeist de Rosenheim permanece um quebra-cabeça
sem todas as peças.
Fontes: